TURMA 1993A | DIVERSÃO

Bar Tritão estreita

laços de amizade

Local era o ponto de encontro dos estudantes do curso de Jornalismo e outras turmas nos anos 1990

I nstalado ao lado da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Tubarão, no Sul, o Bar Tritão era o ambiente mais frequentado pelos universitários, e ganhou lugar cativo no coração dos alunos da segunda turma do curso de Jornalismo. 

Era lá que as conversas rolavam soltas e que a descontração tomava conta antes, durante ou depois das aulas. O bar foi o ponto de encontro nos quatro anos de faculdade. Estudantes de outros cursos, grupos e idades também disputavam o espaço.

O local era simples, com vigas de madeira do teto ao chão, bancos e mesas de tábua e chão de cimento. Mas havia uma atmosfera acolhedora e convidativa, além do atendimento rápido e aquele cheirinho irresistível de hambúrguer ou batata frita sendo preparados. 

Alguns frequentavam o bar poucas vezes, porque a grana era curta, outros eram mais assíduos, mas ninguém deixava de dar uma “passadinha” no Tritão, mesmo sem consumir nada. A conversa e a interação valiam muito mais.

Atualmente, no espaço funciona o Kazak’in, restaurante bem diferente do lugar simples que conquistou a simpatia e o estômago de uma geração.

Os ex-donos, José do Nascimento, o Zé, de 58 anos, e Vera Lúcia Santos do Nascimento, de 61, decidiram passar o ponto há seis anos. Vera explica que o movimento caiu, porque os ônibus que levavam os estudantes à universidade não puderam mais estacionar nas proximidades do local.

O casal abriu a lanchonete Tritão na Praia de Campo Bom, em Jaguaruna, no Sul, que funciona apenas no verão. Eles vivem atualmente em Tubarão. 

A comerciante conta que as três filhas, Tatiana, de 40 anos, Daniela, de 35, e Franciane, de 30, ajudavam a cozinhar as deliciosas “gordices” servidas no Tritão: vários tipos de lanches como X-salada, batata frita acompanhada com potinhos de maionese, coração frito de galinha e, no inverno, pinhão e quentão.

O colega Antonio Cesar Luz recorda-se com saudade do bar. “Íamos lá todas as noites para conversar, beber, pegar no pé do Boca (garçom), ouvir música, farrear”, diz. “Muitos perdiam o ônibus porque ficavam até tarde”, completa.

O Boca, o garçom que circulava de mesa em mesa com um sorriso cativante e presteza no atendimento, que cantava junto as músicas que a turma de Jornalismo entoava, entre um gole e outro de cerveja, morreu de infarto em 2015. A lembrança de sua simpatia, com o uniforme azul claro e olhos atentos aos pedidos dos fregueses, ficará encravado na memória dos ex-universitários.

Sabor de boas lembranças

Crédito: arquivo pessoal - Ezio e o colega Deca
Crédito: arquivo pessoal - Ezio e Sonia

Cada um que se lembra do Tritão o faz com saboroso gosto de nostalgia, de bons momentos vividos. Maria Alice Julio Batista, a Gringa, destaca que na época houve a tentativa de criação de lanchonete, padaria e mercadinho em volta do bar, mas ninguém nunca superou o Tritão e o querido garçom Boca.

Num bar não pode faltar música, não é mesmo? A turma encarregava-se disso muito bem! Gringa conta que se tivesse show, a turma cantava e dançava junto com a banda e, se não tivesse, os alunos do Jornalismo providenciavam a cantoria e a batucada na mesa.

Para Yara Jeremias Capistrano o bar era o meio de as pessoas conhecerem-se melhor, de interagir, conversar sobre outros assuntos. Jaqueline Buss Becker conta que não frequentava muito o lugar, mas quando possível estava lá para interagir com a turma. “Foi lá que aprendi a comer batata frita com a mão e não com palitinho”, recorda-se.

A colega Andreia Cardoso Heitich, que atualmente mora em Angers, na França, ainda lembra com água na boca das delícias servidas no Tritão. “Eu tenho saudade da batata frita”, diz. “Era uma porção generosa e deliciosa”, completa Marli Vitali, outra colega que às vezes frequentava o querido Tritão. “Eu digo até hoje para todos que graduamos em Jornalismo e na socialização da vida boêmia”, confessa Maria Alice Julio Batista, a Gringa.

  TURMA 1993A | DIVERSÃO

Bar Tritão estreita

laços de amizade

Bar Tritão

estreita laços

de amizade

Local era o ponto de encontro dos estudantes do curso de Jornalismo e outras turmas nos anos 1990

I nstalado ao lado da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Tubarão, no Sul, o Bar Tritão era o ambiente mais frequentado pelos universitários, e ganhou lugar cativo no coração dos alunos da segunda turma do curso de Jornalismo. 

Era lá que as conversas rolavam soltas e que a descontração tomava conta antes, durante ou depois das aulas. O bar foi o ponto de encontro nos quatro anos de faculdade. Estudantes de outros cursos, grupos e idades também disputavam o espaço.

O local era simples, com vigas de madeira do teto ao chão, bancos e mesas de tábua e chão de cimento. Mas havia uma atmosfera acolhedora e convidativa, além do atendimento rápido e aquele cheirinho irresistível de hambúrguer ou batata frita sendo preparados. 

Grana curta

Alguns frequentavam o bar poucas vezes, porque a grana era curta, outros eram mais assíduos, mas ninguém deixava de dar uma “passadinha” no Tritão, mesmo sem consumir nada. A conversa e a interação valiam muito mais.

Atualmente, no espaço funciona o Kazak’in, restaurante bem diferente do lugar simples que conquistou a simpatia e o estômago de uma geração.

Os ex-donos, José do Nascimento, o Zé, de 58 anos, e Vera Lúcia Santos do Nascimento, de 61, decidiram passar o ponto há seis anos.

Vera explica que o movimento caiu, porque os ônibus que levavam os estudantes à universidade não puderam mais estacionar nas proximidades do local.

O casal abriu a lanchonete Tritão na Praia de Campo Bom, em Jaguaruna, no Sul, que funciona apenas no verão. Eles vivem atualmente em Tubarão.

A comerciante conta que as três filhas, Tatiana, de 40 anos, Daniela, de 35, e Franciane, de 30, ajudavam a cozinhar as deliciosas “gordices” servidas no Tritão: vários tipos de lanches como X-salada, batata frita acompanhada com potinhos de maionese, coração frito de galinha e, no inverno, pinhão e quentão.

Saudade do bar

Antonio Cesar Luz recorda-se com saudade do bar. “Íamos lá todas as noites para conversar, beber, pegar no pé do Boca (garçom), ouvir música, farrear”, diz. “Muitos perdiam o ônibus porque ficavam até tarde”, completa.

O Boca, o garçom que circulava de mesa em mesa com um sorriso cativante e presteza no atendimento, que cantava junto as músicas que a turma de Jornalismo entoava, entre um gole e outro de cerveja, morreu de infarto em 2015.

A lembrança de sua simpatia, com o uniforme azul claro e olhos atentos aos pedidos dos fregueses, ficará encravado na memória dos ex-universitários.

I nstalado ao lado da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Tubarão, no Sul, o Bar Tritão era o ambiente mais frequentado pelos universitários, e ganhou lugar cativo no coração dos alunos da segunda turma do curso de Jornalismo. 

Era lá que as conversas rolavam soltas e que a descontração tomava conta antes, durante ou depois das aulas. O bar foi o ponto de encontro nos quatro anos de faculdade. Estudantes de outros cursos, grupos e idades também disputavam o espaço.

O local era simples, com vigas de madeira do teto ao chão, bancos e mesas de tábua e chão de cimento. Mas havia uma atmosfera acolhedora e convidativa, além do atendimento rápido e aquele cheirinho irresistível de hambúrguer ou batata frita sendo preparados. 

Grana curta

Alguns frequentavam o bar poucas vezes, porque a grana era curta, outros eram mais assíduos, mas ninguém deixava de dar uma “passadinha” no Tritão, mesmo sem consumir nada. A conversa e a interação valiam muito mais.

Atualmente, no espaço funciona o Kazak’in, restaurante bem diferente do lugar simples que conquistou a simpatia e o estômago de uma geração.

Os ex-donos, José do Nascimento, o Zé, de 58 anos, e Vera Lúcia Santos do Nascimento, de 61, decidiram passar o ponto há seis anos. Vera explica que o movimento caiu, porque os ônibus que levavam os estudantes à universidade não puderam mais estacionar nas proximidades do local.

Outro ponto

O casal abriu a lanchonete Tritão na Praia de Campo Bom, em Jaguaruna, no Sul, que funciona apenas no verão. Eles vivem atualmente em Tubarão.

A comerciante conta que as três filhas, Tatiana, de 40 anos, Daniela, de 35, e Franciane, de 30, ajudavam a cozinhar as deliciosas “gordices” servidas no Tritão: vários tipos de lanches como X-salada, batata frita acompanhada com potinhos de maionese, coração frito de galinha e, no inverno, pinhão e quentão.

Saudade do bar

Antonio Cesar Luz recorda-se com saudade do bar. “Íamos lá todas as noites para conversar, beber, pegar no pé do Boca (garçom), ouvir música, farrear”, recorda-se. “Muitos perdiam o ônibus porque ficavam até tarde”, completa.

O Boca, o garçom que circulava de mesa em mesa com um sorriso cativante e presteza no atendimento, que cantava junto as músicas que a turma de Jornalismo entoava, entre um gole e outro de cerveja, morreu de infarto em 2015.

A lembrança de sua simpatia, com o uniforme azul claro e olhos atentos aos pedidos dos fregueses, ficará encravado na memória dos ex-universitários.

Sabor de boas lembranças

Cada um que se lembra do Tritão o faz com saboroso gosto de nostalgia, de bons momentos vividos.

Maria Alice Julio Batista, a Gringa, destaca que na época houve a tentativa de criação de lanchonete, padaria e mercadinho em volta do bar, mas ninguém nunca superou o Tritão e o querido garçom Boca.

Num bar não pode faltar música, não é mesmo? A turma encarregava-se disso muito bem! Gringa conta que se tivesse show, a turma cantava e dançava junto com a banda e, se não tivesse, os alunos do Jornalismo providenciavam a cantoria e a batucada na mesa.

Interação

Para Yara Jeremias Capistrano o bar era o meio de as pessoas conhecerem-se melhor, de interagir, conversar sobre outros assuntos. Jaqueline Buss Becker conta que não frequentava muito o lugar, mas quando possível estava lá para interagir com a turma. “Foi lá que aprendi a comer batata frita com a mão e não com palitinho”, recorda-se.

A colega Andreia Cardoso Heitich, que atualmente mora em Angers, na França, ainda lembra com água na boca das delícias servidas no Tritão. “Eu tenho saudade da batata frita”, diz. “Era uma porção generosa e deliciosa”, completa Marli Vitali, outra colega que às vezes frequentava o querido Tritão. “Eu digo até hoje para todos que graduamos em Jornalismo e na socialização da vida boêmia”, confessa Maria Alice Julio Batista, a Gringa.

Crédito: arquivo pessoal - Ezio e o colega Deca
Crédito: arquivo pessoal - Ezio e Sonia

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