UNIVERSIDADE | UNISUL
Curso de Jornalismo
evolui em 25 anos
Faculdade iniciou em 1992 com pouca infraestrutura, mas modernizou-se ao longo dos anos
Ocurso de Comunicação Social | Jornalismo da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), de Tubarão, no Sul, evoluiu. Dos laboratórios improvisados nas salas de aula aos modernos laboratórios de TV, rádio e agência experimental de comunicação passaram-se 25 anos.
A faculdade foi criada em 5 de maio de 1992 e reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) em 17 de junho de 1997, três meses após a formatura da segunda turma, que comemorou 20 anos em 14 de março deste ano.
No ocasião, além da Unisul outras duas universidades ofereciam Jornalismo no Estado: a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis, e a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) em Itajaí, no Litoral Norte. Hoje em dia há outras universidades que ofertam o curso e a Unisul o disponibiliza também no campus Pedra Branca, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
Implantação do programa
O professor Laudelino Santos Neto, coordenador do Jornalismo naquele período, diz que visitou as melhores universidades do país antes de implantar o programa da Unisul. Além de coordenar o curso, o professor foi chefe do departamento de comunicação, criou a editora universitária e coordenou o projeto de implantação da Unisul TV. Ele atuava nas disciplinas de Técnicas de Redação, Filosofia, Rádio, dentre outras.
Santos Neto ressalta que a universidade foi pioneira em Web TV, Web Rádio e instalação de computadores modernos, à medida que o curso avançou.
Laboratórios equipados
para aulas práticas
Essa modernidade chegou aos poucos às salas de aula. A ex-aluna da primeira turma e atual professora do curso, Darlete Cardoso, relata que no primeiro semestre as aulas eram numa sala no bloco que hoje é o Colégio Dehon. Na época, lá funcionavam, além do Jornalismo, os cursos de Administração, Direito e Economia.
No segundo semestre, a turma de Jornalismo passou para o Centro Tecnológico de Alimentação (Cettal), onde estava sendo construído o bloco da Comunicação, no qual o curso permanece até os dias atuais. O Cettal abriga hoje, além do curso de Jornalismo, o de Publicidade e Propaganda, e os de Ciências da Computação, Engenharias e Química.
Darlete ressalta que, no caso da estrutura dos laboratórios, o plano era montá-la à medida que ocorria a oferta das disciplinas práticas. “Escrevíamos os textos à mão. Nas disciplinas de fotografia e de rádio tínhamos apenas a teoria em sala de aula”, recorda-se. “No caso de TV, foram alugadas câmeras e fazíamos aulas na sala, com um cinegrafista. Depois, ele montava as matérias em seu estúdio fora da universidade. Mas quando terminamos o curso todos os laboratórios estavam prontos”, completa.
Para a professora, as dificuldades iniciais não interferiram de forma significativa na formação. “Tínhamos excelentes professores que nos deram base e conhecimento que aproveitamos até hoje”, afirma. “Temos estrutura de excelência, laboratórios modernos que acompanham as mudanças tecnológicas”.
Atualização profissional
Na opinião de Darlete, não é apenas o curso que forma bons profissionais, mas a atuação no mercado e a constante atualização para aprimorar o conhecimento. “A boa formação do aluno independe de disciplinas práticas, mas de reflexão, de conhecimento teórico e humanístico que, penso, sempre existiu no curso”, ressalta.
Estrutura ofertada para estágios
O gerente de jornalismo da Unisul TV, Rafael de Matos reforça que a Agência de Comunicação Integrada (Agecom) reúne os laboratórios de rádio, fotografia e edição audiovisual. “Os laboratórios de TV são integrados com a Unisul TV, emissora de televisão de sinal aberto inaugurada em 2006. Todas essas estruturas oferecem vagas de estágio para os estudantes de Jornalismo e Publicidade”, ressalta.
O atual coordenador do curso, professor Mario Abel Bressan Junior, afirma que há mais possibilidades para os alunos hoje do que no início do curso. “As tecnologias avançaram e possibilitaram diversificar o mercado de trabalho”, pondera.
O coordenador ressalta que grande parte dos alunos consegue emprego após se formar ou cria as próprias oportunidades de emprego ao empreender na área. “As disciplinas também foram modernizadas e os alunos têm direcionamento para o empreendedorismo”, afirma. Atualmente, 40 alunos formam-se por ano em Jornalismo, de acordo com cálculos de Bressan Junior.
Reflexão sobre o Jornalismo
O professor Laudelino José Sardá sugere reflexão para que o jornalista repense o seu papel. Ele observa que, com certa frequência, os profissionais avançam as mídias sociais pescando assuntos e pautas já esmiuçados nas redes, mas que para eles ainda são valiosas. “A reflexão é oportuna para que o jornalista não tenha que amanhã disputar com o usuário a função de informar”, pondera.
Sardá é jornalista, diretor da Editora Unisul, fundador do curso de Jornalismo do campus Pedra Branca, em Palhoça na Grande Florianópolis e professor da primeira e segunda turmas de Jornalismo de Tubarão.
Leia o artigo do professor e tire suas próprias conclusões.
O novo Jornalismo
Laudelino José Sardá
A tecnologia, que se moderniza todo instante, para facilitar a nossa produção com qualidade, encanta demais e leva ao delírio o jornalista, que vive na ansiedade em busca da novidade instantânea, como se estivesse jogando na bolsa de aposta da informação.
Só que a notícia que ele capta ganha inserção meteórica e interpretações vulcânicas pela liberdade que a mídia social proporciona ao usuário. Com certeza a mídia social é uma fonte de pauta, mas não para se transmitir informações.
É necessário trabalhar o conteúdo obrigando-se a sentir e enxergar as opções de inovação para motivar a leitura. A informação que já circula na internet precisa ser abordada radicalmente diferente, desde o título ao conteúdo.
Se o torcedor assistiu à partida do seu time, por que ele vai ler no dia seguinte uma notícia que apenas escreve o que ele testemunhou com os olhos? Por que o repórter não é orientado a singularizar a cobertura? A propósito, o repórter do jornal tem ido aos estádios ou fica no conforto da transmissão na tevê?
Bolsões de pobreza
Fala-se em violência urbana e batidas policiais em bolsões de pobreza viram espetáculos jornalísticos, mas o jornalista tem sido incapaz de subir morros e descrever o ambiente desumano em que se amontoam centenas de pessoas. Como vivem crianças cujos pais trabalham o dia inteiro? Cada fato precisa ser analisado em inúmeras variáveis para se transformar numa pauta diferente e, com isso, fugir à mesmice que contamina as mídias tradicionais.
Cada página precisa ter seus espaços otimizados e não simplesmente preenchidos com notícias que simploriamente são publicadas porque já estão nas mídias. É essencial usar a tecnologia para revolucionar o produto jornalístico, da diagramação, título ao conteúdo.
Não subestime a capacidade das novas gerações de ler, interpretar e exercer a crítica. Por isso, o jornalista necessita, com urgência, sair da zona de conforto. E se está perdendo mercado, a explicação se resume à sua passividade e indisposição à mudança. O “furo” já era. O ineditismo está na boa pauta e no texto exemplar. A mesmice é um vício mortal.
Para se ter noção de quanto o jornalismo está perdido no vasto e rico cenário tecnológico, a produção – da pauta à rotativa – exigia um trabalho diário de 12 a 14 horas. E tudo era feito manualmente, desde à redação, à base das máquinas Olivetti e Remington, à digitação, diagramação, paginação etc. Hoje, tudo é feito no computador e, por incrível que pareça, os jornalistas e técnicos precisam ainda de 12 horas para fazer um jornal. Da mesma forma o tempo que se leva para produzir um telejornal ou um radiojornal.
Por que a escola peca?
O dilema das escolas de comunicação é justamente o de não saber romper com o ensino de jornalismo dos anos 1970 e 1980. Já deu. E pronto! Não se admite mais ensinar o aluno a simular apresentação de textos na TV com teleprompter. Jornalismo não é mais apenas informação. O conhecimento é hoje a matéria-prima do jornalismo. E a escola precisa formar o aluno com a visão e compromisso social e não ser apenas um membro da elite, da corte burguesa incapaz de aprofundar-se nas causas em busca de respostas à sociedade.
Tanto a escola quanto os meios de comunicação tradicional precisam com urgência romper com o velho jornalismo. O furo de reportagem já acabou e faz tempo e é necessário o jornalista desacelerar-se; saber selecionar fatos e neles se aprofundar. Não cabe mais à imprensa dar todas as notícias em seu dia a dia. Isto já era.
Por isso, o conhecimento é importantíssimo para o jornalista fazer a diferença entre o seu trabalho e a ansiedade dos usuários da internet. A pauta, tão importante nos anos 1970, 1980 e 1990, retorna com importância ainda maior. Uma boa pauta é imprescindível à sobrevivência do jornalismo. E o jornalista, aguçado, irreverente, teimoso e irrequieto, tem que ter a competência de ir a fundo na pauta, para surpreender, principalmente, o seu editor.
UNIVERSIDADE | UNISUL
Curso de Jornalismo
evolui em 25 anos
Curso de Jornalismo
evolui em 25 anos
Faculdade iniciou em 1992 com pouca infraestrutura, mas modernizou-se ao longo dos anos
Ocurso de Comunicação Social | Jornalismo da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), de Tubarão, no Sul, evoluiu. Dos laboratórios improvisados nas salas de aula aos modernos laboratórios de TV, rádio e agência experimental de comunicação passaram-se 25 anos.
A faculdade foi criada em 5 de maio de 1992 e reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) em 17 de junho de 1997, três meses após a formatura da segunda turma, que comemorou 20 anos em 14 de março deste ano.
No ocasião, além da Unisul outras duas universidades ofereciam Jornalismo no Estado: a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis, e a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) em Itajaí, no Litoral Norte.
Hoje em dia há outras universidades que ofertam o curso e a Unisul o disponibiliza também no campus Pedra Branca, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
Implantação do programa
O professor Laudelino Santos Neto, coordenador do Jornalismo naquele período, diz que visitou as melhores universidades do país antes de implantar o programa da Unisul.
Além de coordenar o curso, o professor foi chefe do departamento de comunicação, criou a editora universitária e coordenou o projeto de implantação da Unisul TV. Ele atuava nas disciplinas de Técnicas de Redação, Filosofia, Rádio, dentre outras.
Santos Neto ressalta que a universidade foi pioneira em Web TV, Web Rádio e instalação de computadores modernos, à medida que o curso avançou.
Ocurso de Comunicação Social | Jornalismo da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), de Tubarão, no Sul, evoluiu. Dos laboratórios improvisados nas salas de aula aos modernos laboratórios de TV, rádio e agência experimental de comunicação passaram-se 25 anos.
A faculdade foi criada em 5 de maio de 1992 e reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) em 17 de junho de 1997, três meses após a formatura da segunda turma, que comemorou 20 anos em 14 de março deste ano.
No ocasião, além da Unisul outras duas universidades ofereciam Jornalismo no Estado: a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis, e a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) em Itajaí, no Litoral Norte.
Hoje em dia há outras universidades que ofertam o curso e a Unisul o disponibiliza também no campus Pedra Branca, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
Implantação do programa
O professor Laudelino Santos Neto, coordenador do Jornalismo naquele período, diz que visitou as melhores universidades do país antes de implantar o programa da Unisul.
Além de coordenar o curso, o professor foi chefe do departamento de comunicação, criou a editora universitária e coordenou o projeto de implantação da Unisul TV. Ele atuava nas disciplinas de Técnicas de Redação, Filosofia, Rádio, dentre outras.
Santos Neto ressalta que a universidade foi pioneira em Web TV, Web Rádio e instalação de computadores modernos, à medida que o curso avançou.
Laboratórios equipados
para aulas práticas
Laboratórios
equipados para
aulas práticas
Essa modernidade chegou aos poucos às salas de aula. A ex-aluna da primeira turma e atual professora do curso, Darlete Cardoso, relata que no primeiro semestre as aulas eram numa sala no bloco que hoje é o Colégio Dehon. Na época, lá funcionavam, além do Jornalismo, os cursos de Administração, Direito e Economia.
No segundo semestre, a turma de Jornalismo passou para o Centro Tecnológico de Alimentação (Cettal), onde estava sendo construído o bloco da Comunicação, no qual o curso permanece até os dias atuais. O Cettal abriga hoje, além do curso de Jornalismo, o de Publicidade e Propaganda, e os de Ciências da Computação, Engenharias e Química.
Darlete ressalta que, no caso da estrutura dos laboratórios, o plano era montá-la à medida que ocorria a oferta das disciplinas práticas. “Escrevíamos os textos à mão. Nas disciplinas de fotografia e de rádio tínhamos apenas a teoria em sala de aula”, recorda-se. “No caso de TV, foram alugadas câmeras e fazíamos aulas na sala, com um cinegrafista. Depois, ele montava as matérias em seu estúdio fora da universidade. Mas quando terminamos o curso todos os laboratórios estavam prontos”, completa.
Formação
Para a professora, as dificuldades iniciais não interferiram de forma significativa na formação. “Tínhamos excelentes professores que nos deram base e conhecimento que aproveitamos até hoje”, afirma. “Temos estrutura de excelência, laboratórios modernos que acompanham as mudanças tecnológicas”.
Na opinião de Darlete, não é apenas o curso que forma bons profissionais, mas a atuação no mercado e a constante atualização para aprimorar o conhecimento. “A boa formação do aluno independe de disciplinas práticas, mas de reflexão, de conhecimento teórico e humanístico que, penso, sempre existiu no curso”, ressalta.
Estrutura ofertada
para estágios
O gerente de jornalismo da Unisul TV, Rafael de Matos reforça que a Agência de Comunicação Integrada (Agecom) reúne os laboratórios de rádio, fotografia e edição audiovisual. “Os laboratórios de TV são integrados com a Unisul TV, emissora de televisão de sinal aberto inaugurada em 2006. Todas essas estruturas oferecem vagas de estágio para os estudantes de Jornalismo e Publicidade”, ressalta.
O atual coordenador do curso, professor Mario Abel Bressan Junior, afirma que há mais possibilidades para os alunos hoje do que no início do curso. “As tecnologias avançaram e possibilitaram diversificar o mercado de trabalho”, pondera.
O coordenador ressalta que grande parte dos alunos consegue emprego após se formar ou cria as próprias oportunidades de emprego ao empreender na área. “As disciplinas também foram modernizadas e os alunos têm direcionamento para o empreendedorismo”, afirma. Atualmente, 40 alunos formam-se por ano em Jornalismo, de acordo com cálculos de Bressan Junior.
Reflexão sobre o Jornalismo
Reflexão sobre
o Jornalismo
O professor Laudelino José Sardá sugere reflexão para que o jornalista repense o seu papel. Ele observa que, com certa frequência, os profissionais avançam as mídias sociais pescando assuntos e pautas já esmiuçados nas redes, mas que para eles ainda são valiosas. “A reflexão é oportuna para que o jornalista não tenha que amanhã disputar com o usuário a função de informar”, pondera.
Sardá é jornalista, diretor da Editora Unisul, fundador do curso de Jornalismo do campus Pedra Branca, em Palhoça na Grande Florianópolis e professor da primeira e segunda turmas de Jornalismo de Tubarão.
Leia o artigo do professor e tire suas próprias conclusões.
O novo Jornalismo
Laudelino José Sardá
A tecnologia, que se moderniza todo instante, para facilitar a nossa produção com qualidade, encanta demais e leva ao delírio o jornalista, que vive na ansiedade em busca da novidade instantânea, como se estivesse jogando na bolsa de aposta da informação.
Só que a notícia que ele capta ganha inserção meteórica e interpretações vulcânicas pela liberdade que a mídia social proporciona ao usuário. Com certeza a mídia social é uma fonte de pauta, mas não para se transmitir informações.
É necessário trabalhar o conteúdo obrigando-se a sentir e enxergar as opções de inovação para motivar a leitura. A informação que já circula na internet precisa ser abordada radicalmente diferente, desde o título ao conteúdo.
Se o torcedor assistiu à partida do seu time, por que ele vai ler no dia seguinte uma notícia que apenas escreve o que ele testemunhou com os olhos? Por que o repórter não é orientado a singularizar a cobertura? A propósito, o repórter do jornal tem ido aos estádios ou fica no conforto da transmissão na tevê?
Bolsões de pobreza
Fala-se em violência urbana e batidas policiais em bolsões de pobreza viram espetáculos jornalísticos, mas o jornalista tem sido incapaz de subir morros e descrever o ambiente desumano em que se amontoam centenas de pessoas. Como vivem crianças cujos pais trabalham o dia inteiro? Cada fato precisa ser analisado em inúmeras variáveis para se transformar numa pauta diferente e, com isso, fugir à mesmice que contamina as mídias tradicionais.
Cada página precisa ter seus espaços otimizados e não simplesmente preenchidos com notícias que simploriamente são publicadas porque já estão nas mídias. É essencial usar a tecnologia para revolucionar o produto jornalístico, da diagramação, título ao conteúdo.
Não subestime a capacidade das novas gerações de ler, interpretar e exercer a crítica. Por isso, o jornalista necessita, com urgência, sair da zona de conforto. E se está perdendo mercado, a explicação se resume à sua passividade e indisposição à mudança. O “furo” já era. O ineditismo está na boa pauta e no texto exemplar. A mesmice é um vício mortal.
Para se ter noção de quanto o jornalismo está perdido no vasto e rico cenário tecnológico, a produção – da pauta à rotativa – exigia um trabalho diário de 12 a 14 horas. E tudo era feito manualmente, desde à redação, à base das máquinas Olivetti e Remington, à digitação, diagramação, paginação etc. Hoje, tudo é feito no computador e, por incrível que pareça, os jornalistas e técnicos precisam ainda de 12 horas para fazer um jornal. Da mesma forma o tempo que se leva para produzir um telejornal ou um radiojornal.
Por que a escola peca?
O dilema das escolas de comunicação é justamente o de não saber romper com o ensino de jornalismo dos anos 1970 e 1980. Já deu. E pronto! Não se admite mais ensinar o aluno a simular apresentação de textos na TV com teleprompter. Jornalismo não é mais apenas informação. O conhecimento é hoje a matéria-prima do jornalismo. E a escola precisa formar o aluno com a visão e compromisso social e não ser apenas um membro da elite, da corte burguesa incapaz de aprofundar-se nas causas em busca de respostas à sociedade.
Tanto a escola quanto os meios de comunicação tradicional precisam com urgência romper com o velho jornalismo. O furo de reportagem já acabou e faz tempo e é necessário o jornalista desacelerar-se; saber selecionar fatos e neles se aprofundar. Não cabe mais à imprensa dar todas as notícias em seu dia a dia. Isto já era.
Por isso, o conhecimento é importantíssimo para o jornalista fazer a diferença entre o seu trabalho e a ansiedade dos usuários da internet. A pauta, tão importante nos anos 1970, 1980 e 1990, retorna com importância ainda maior. Uma boa pauta é imprescindível à sobrevivência do jornalismo. E o jornalista, aguçado, irreverente, teimoso e irrequieto, tem que ter a competência de ir a fundo na pauta, para surpreender, principalmente, o seu editor.
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